Oito pessoas foram presas em operação contra a milícia na manhã desta quarta-feira (25). Mais de 100 agentes da Polícia Civil estão nas ruas da Zona Oeste desde as 5h30 para cumprir 18 mandados de prisão — 11 são contra suspeitos de integrar grupo paramilitar da região.
O objetivo é reprimir práticas ilegais de milicianos, como roubo de energia, TV a cabo, comércio de produtos falsificados e transporte irregular. Até as 7h, 30 vans irregulares tinham sido apreendidas na região.
Um dos presos na manhã desta quarta-feira é Artur Medeiros Gomes, contra quem há um mandado de prisão cumprido pela 36ª DP (Santa Cruz). Artur é condenado a 5 anos e quatro meses de prisão por roubo majorado.
Na casa de Wallace da Siva Braga, irmão de Wellington da Silva Braga, o Ecko, suspeito de chefiar a maior milícia da região, a polícia encontrou um sistema de monitoramento que registra imagens de toda a Favela do Aço, em Santa Cruz. Wallace não foi encontrado no local.
Nesta quarta, o juiz Eduardo Marques Hablistsckek, da 2ª Vara Criminal de Santa Cruz, analisa o pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) para revogar ou não a prisão preventiva de 138 dos 159 presos numa festa, no último dia 7 de abril, em Santa Cruz. De acordo com a polícia, o evento era patrocinado por uma milícia.
Para o MPRJ, não há, até o momento, provas efetivas que permitam o oferecimento de denúncia contra eles. Por isso, o órgão defende a permanência na cadeia de 21 suspeitos e pede a liberdade para 138 presos.
O poderio dos paramilitares foi tema de série especial do G1. Em Franquia do Crime, reportagens mostraram que as milícias estão em 11 municípios do Grande Rio. São dois milhões de pessoas obrigadas a usar o transporte controlado pelos bandos e a comprar produtos sobretaxados, como botijão de gás, água e até cesta básica.
G1
