Dos 154 anos completados por Campina Grande nesta quinta-feira (11), 91 contam com a vitalidade e irreverência de Maria das Dores da Silva. Perto de comemorar um século de vida, o descanso que chega junto à idade, dá lugar à dança e festas. Dona Maria nunca andou de ônibus, metrô e avião. Viveu toda a vida em Campina Grande, cidade que a abraça diariamente. Amante da vida, Maria encontra nas noites da cidade o remédio para viver.
Entre os muitos bares frequentados por Maria, o antigo “Boião” no bairro da Prata e o “Anos Dourados” foram as escolhas dela por muito tempo, além do Banana Beer. Mas o local preferido e frequentado há 30 anos por ela, é o Saloon Bar, localizado no Centro de Campina Grande, mesmo bairro onde ela mora.
O ritual para a noite de dança começa com a escolha da roupa, que é pacientemente confeccionada a mão por ela. O marido, Jaime, de 86 anos, com quem é casada há 63 anos, é que fica responsável pela compra dos tecidos estampados e de cores fortes. “Vermelho, amarelo, azul, rosa, roupa colorida […] roupa preta eu não gosto, não”.
Na hora de se arrumar, a ajuda é dispensada. Mas não falta capricho, desde o lenço na cabeça – combinando genuinamente com a roupa – até a maquiagem elaborada por ela. Antes disso, costuma tirar um ‘cochilo’ e comer uma “papinha”. Depois de pronta, “pego meu táxi e vou embora”, afirma.
Costuma chegar ao bar às 22hrs. Segundo a proprietária, Mariana Albuquerque, dona Maria “dança a noite toda e é muito respeitada por todos”. Dos ritmos tocados, Maria só não gosta do reggae. O pagode e o forró são os preferidos, mas ela declara “gosto de forró, mas não gosto desses forrós agarrado não, gosto de dançar solta”.
Redação
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