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Opinião: Campina e Caruaru mostram como driblar a crise no São João milionário

“A fogueira está queimando, em homenagem a São João…”. A bela letra cantada em todo “airaiá” que se preze vem da mente poética e cheia de estilo e ritmos do velho “Gonzagão”.  São João na Roça é o nome desse patrimônio cultural imaterial. Muito mais do que isso, ele serve como uma espécie de hino para uma das mais típicas festas do povo nordestino.

Trata-se do São João que, além da música, iguarias como a canjica e pamonha, traz no seu coração divisas monetárias importantes para cidades da região, ficando as considerações pautadas em dois grandes municípios, cujas suas festas juninas sempre rivalizaram. Falo de Campina Grande e Caruaru.

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Cravadas e encravadas no semiárido, sendo a primeira na Paraíba e a outra em Pernambuco, as duas padeceram com crises econômicas e hídricas. Mas a inventividade do nordestino, que é, antes de tudo um forte, parafraseando Euclides da Cunha em “Os Sertões”, superou as adversidades.

Posta e bem exposta as problemáticas, as duas cidades buscaram, cada uma a seu modo,  driblar seus respectivos problemas. O “balão” da ousadia e o estourar dos foguetões na busca de tornar suas festas lucrativas deu certo.

 E fato dito, elas conseguiram, estando a economia Campina Grande e Caruaru esperando centenas de milhares de turistas e visitantes. Um “trem do forró” carregado de muito dinheiro já se avizinha.  
Hoje sorri desde empresários da rede hoteleira até o vendedor de milho verde. Tem lugar para todos “beliscarem” uma fatia do “pé de moleque”. Para se ter uma ideia da magnitude dos eventos, as festas movimentam R$ 400 milhões na economia, com público estimado de 4 milhões de pessoas nos 30 dias de forró, segundo dados de matéria especial publicada no portal UOL.

E entre um inofensivo traque, pipocando as bobinhas infantis até a chuva de fogos que iluminam os céus da cidade natal do  Mestre Vitalino ou do nosso Biliu de Campina, o certo é que, quem “canta os males espanta”, e no cantarolar pernambucanos e paraibanos mostram como driblar a crise. O resto é “arrasta pé”.       

Veja alguns números do São João: Caruaru (PE) 
Data: 1º a 29 de junho
 Investimento previsto: R$ 13 milhões 
Gasto público: R$ 0 (a ser confirmado)
 Movimentação na cidade: R$ 200 milhões 
Público esperado: 2 milhões de pessoas 

Campina Grande (PB) 
Datas: 7 de junho a 7 de julho 
Investimento previsto: R$ 11 milhões 
Gasto público: R$ 2,84 milhões 
Movimentação na cidade: R$ 200 milhões 
Público esperado: 2 milhões de pessoas 

Eliabe Castor

PB Agora

 


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