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Opinião: Universidade Federal não usa azul ou rosa, senhor ministro

Os mais desavisados passarão  em frente àquela bela estrutura sem perceber o que há ali. Estrutura sempre imponente, cantinho “habitado” por pessoas apressadas, ou nem tanto, a depender da sua função ou disposição naquele momento.

Velha senhora de amplo conhecimento, guarda em sua alma centenária a jovialidade do mundo digital. Sim, pois sendo sábia, migrar do analógico para  códigos binários não foi tarefa complexa, afinal, o nascedouro das novidades é quase sempre parido em seu fértil ventre.

Menina e mulher. Garoto e homem feito. A senhora também pode ser chamado de senhor, pois sua pluralidade não requer azul ou rosa nos seus laboratórios, auditórios, salas de aula, centros de vivência e outros espaços.

Esse “ser” plural tem vida própria. É democrático e sempre será. Esquerda ou direita. Negro ou branco. Índio ou anglo-saxão. Não importa para a matriarca; ou seria patriarca? Não importa para a luz do ser e ter conhecimento das ideologias políticas, sexualidades, procedência de lugar ou religiosidade.

Ali, naquela bela estrutura, estrutura essa cósmica que se espalha por todos os quadrantes do Brasil no formato de extensão, estão as universidades públicas federais. A mesma que um dia acalentou minha simplicidade juvenil, mostrando-me horizontes além dos horizontes, como os advindos do rei Roberto Carlos.

Essa madame e senhor ofereceram sonhos ao meu pai, ao meu filho.  Ajudaram ambos a trazer nuvens do livre pensar para si. O pensar pautado na ética de Kant. O pensar das teorias “pitagorianas”. O pensar voltado ao bem servir de (para) um povo, um país, uma nação.

A velha e mais atual senhora. Menina e mulher que não discrimina quem veste rosa ou azul, pois é multicolorida, sairá vitoriosa, mais uma vez. Não será um simples governo que a desmontará. Esse ser dual de longas suíças brancas é sábio e forte. Tem cheiro de povo.

Como o pequeno Gavroche, que percorreu a área entre as trincheiras para recolher munição na batalha entre os revolucionários e o exército regular francês, no clássico “Os Miseráveis”, de Vitor Hugo, ele ou ela são destemidos.

A senhora e o senhor, de nome de nome Universidade Federal, em nosso caso da Paraíba  e Campina Grande, manter-se-á  de pé por ser, ali, o maior “organismo” vivo do saber. O corte linear de 30% em seus recursos não a retirará do mapa. Nem aqui, nem alhures. E o debate continuará, mesmo buscando o déspota não esclarecido impor a “lei mordaça” ou ressuscitamento do AI5.

 

Eliabe Castor
PB Agora


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