A Corte Nacional de Justiça do Equador ordenou nesta segunda-feira (2) a prisão preventiva do vice-presidente Jorge Glas, envolvido em um escândalo de corrupção com a empreiteira brasileira Odebrecht. A Corte acatou um pedido apresentado pela Procuradoria-Geral, segundo a qual existia um risco de fuga do vice-presidente.
"Eu obedeço, mas protesto contra essa afronta à minha pessoa, porque ainda acredito que a justiça prevalecerá e eu provarei minha inocência", escreveu Glas em sua conta no Twitter, anunciando que recorrerá às instâncias internacionais para se defender.
O vice-presidente foi abordado em sua casa, em Guayaquil, na noite desta segunda, e levado a uma prisão ao norte da capital, Quito, de acordo com a imprensa equatoriana.
Glas compôs a chapa do presidente Rafael Correa e é vice-presidente desde 2013. Ele é suspeito de receber propina de cerca de US$ 14 milhões da Odebrecht para obras e licitações no Equador.
No dia 25 de agosto, a Assembleia do Equador autorizou que Glas fosse investigado por suposto crime de associação ilícita por relação com a Odebrecht. Em agosto, um decreto do atual presidente, Lenín Moreno, afastou Glas de suas funções.
Correa expressou apoio a Glas. "Um homem honesto perdeu sua liberdade", escreveu no Twitter o ex-presidente, cujo mandato terminou em maio. Hoje, Correa vive na Bélgica.
Jornal do Brasil