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Crianças deixadas para adoção em CG, voltam à cidade para reencontrar familiares

 Gerona, Michel, Helena, Leander, Nina, Inês, Gustavo, Judith e outros tantos nomes fazem parte da extensa lista de crianças salvas pelo amor e dedicação da irmã Maria Aldete do Menino Jesus. A religiosa, nas décadas de 80 e 90, promoveu mais de 100 adoções de crianças brasileiras, em sua maioria, naturais de Campina Grande, para países como Holanda, Alemanha, França e Portugal. Anos depois, esses jovens voltam à cidade com a esperança de encontrar os pais biológicos, de quem a Casa da Criança Dr João Moura não tem nenhum registro, já que estas pessoas deixavam os filhos na porta da instituição, junto a pedidos desesperados de ajuda.

“Geralmente as crianças eram deixadas na porta, doentes e desnutridas. Chegava mais no final da noite e início da madrugada. Inicialmente, a casa funcionava como uma creche, onde acolhíamos crianças de 0 aos 6 anos, das 7h às 17h. Mas as pessoas não entendiam e achavam que era orfanato. Daí começaram os casos de mães que tocavam a campainha dizendo que estavam deixando uma encomenda e, quando íamos ver, era algum recém-nascido, muitos ainda com cordão umbilical”, explicou Maria Betânia Sousa, secretária da Casa da Criança Dr João Moura, localizada na rua de mesmo nome, no bairro São José, em Campina Grande.

 

Na instituição, muitas crianças passaram e tiveram um futuro diferente graças à ação da Irmã Aldete que, incansavelmente, procurava pais adotivos para todos eles. Nas paredes do lugar, que hoje voltou a funcionar como uma creche para crianças carentes do município, diversas fotos amareladas pelo tempo escondem histórias de abandono, acolhimento e vitórias. As paredes e armários são preenchidos por fotografias e escritos tão bem guardados quanto a fé destes jovens de reencontrarem seus pais biológicos.

Redação

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