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Desocupação do Porto do Capim para construção de Parque vira polêmica

Tibério Limeira (PSB) defende que desocupação deve ser articulada de outra forma e Milanez Neto (PTB) assegurou que o Parque Sanhauá será o cartão-postal da Gestão Municipal

 

Está prevista para esta quinta-feira (21), às 9h, a liberação da ordem de serviço para a construção do Parque Sanhauá, equipamento público que será instalado às margens do rio de mesmo nome, no Centro Histórico da Capital. Para isso, a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) tenta articular a desocupação de aproximadamente 200 famílias que vivem no local e formam a comunidade Porto do Capim. A desocupação da área trouxe opiniões divergentes para o debate na sessão ordinária da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) desta quarta-feira (20).

“A Prefeitura emitiu, cordialmente, uma ordem de despejo, a partir de uma medida administrativa que pede a desocupação voluntária, em até 48 horas, dos imóveis da comunidade do Porto do Capim. Na realidade, só quem pode despejar é a Justiça, a partir de uma ação de reintegração de posse. Defendo que a desocupação possa ocorrer, com diálogo e respeito. No entanto, que não seja para forçar moradores a saírem de suas casas para receber um auxílio moradia de R$ 200,00 – o que não dá para pagar aluguel em local algum –, ou serem deslocados para morar ‘do outro lado da cidade’”, defendeu Tibério Limeira.

“Eu não tenho dúvidas de que esta será a maior obra do governo do prefeito Luciano Cartaxo (PV)”, atestou Milanez Neto, informando que o projeto do Parque Sanhauá foi viabilizado por intermédio da Coordenadoria do Patrimônio Histórico de João Pessoa, durante a sua gestão como coordenador.

Segundo Milanez Neto, o diálogo com a comunidade existe, mas, infelizmente, os moradores não querem se retirar do local. “Todos os dias surgem novos moradores lá, e o poder público precisa cumprir o seu papel com toda a cidade e não apenas com 200 famílias”, opinou o parlamentar.

“Acredito que o Rio Sanhauá deve voltar a ser conhecido pela cidade. A minha geração e as mais recentes não tiveram o direito de conhecer o Rio, pois as pessoas passaram a ocupar aquela área e a construir às suas margens. Às 9h desta quinta-feira (21), a Prefeitura emitirá a ordem de serviço para a construção do Parque Sanhauá, que será uma das maiores obras de Luciano Cartaxo na Capital”, ratificou Milanez Neto.

Segundo Tibério Limeira, a questão já vem sendo debatida há 10 anos, com projetos apresentados em gestões anteriores. “Esta gestão encerrou as discussões e os canais de diálogo. Querem ‘higienizar’ a área, retirar os pobres da localidade para que a elite da cidade possa transitar pelo Parque Sanhauá – como aconteceu com o Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro –, sem ver a realidade da camada mais vulnerável do município”, alegou o parlamentar.

Tibério Limeira ainda prometeu que seu mandato fará resistência ao tratamento que a Prefeitura vem dispensando aos moradores do Porto do Capim. “Faremos a resistência. Se for preciso ir pras ruas e fazer mobilizações, faremos. Nossa luta é em torno dos que mais precisam, e nossa assessoria jurídica está à disposição da comunidade do Porto do Capim”, garantiu.

Redação

 


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