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Coordenador do Gaeco fala dos perigos da dependência dos legislativos para com os gestores executivos

Promotor que coordena o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), na Paraíba, Octávio Paulo Neto, que já disse ter sofrido até ameaças de morte, por parte de investigados. Ele que é responsável pelo combate a corrupção no Estado, que resultou na prisão de prefeitos, ex-prefeitos, e operação “Cartola”, que afastou a cúpula da Federação Paraibana de Futebol, disse que a inexistência de elos dos poderes legislativos com os desejos da população causa muitas vezes a falta de vontade desses poderes com a fiscalização dos chefes dos executivos.

 

“Digo isto porque tais casos não resultaram em processos de impedimento dos gestores, o que deixa muito claro a dependência nociva do Legislativo. Ressalto isso porque os processos judiciais têm ritmo próprio e muitas vezes não é célere o suficiente, até porque em tais casos uma das estratégias mais usadas pelas defesas é alargar o máximo o julgamento, evitando a prestação jurisdicional, já que temos um sistema processual pouco resolutivo”, afirmou Octávio Paulo Neto.

 

Através das ações do promotor Octávio Paulo Neto, dois prefeitos foram presos e afastados de suas funções. Foram eles: Berg Lima, de Bayeux (voltou ao cargo) e Leto Viana (PRP), de Cabedelo. Também da primeira-dama da cidade, vereadores e funcionário da Prefeitura da cidade. E, ainda, da ex-prefeita de Conde, Tatiana Correa.

 

Em recente entrevista a uma emissora da capital o promotor disse como absorve as ameaças que já sofreu por parte de pessoas ligadas a investigados: “Faz parte, até porque quando você atinge grupos políticos e econômicos, inequivocamente, você lida com interesses contrariados das mais diversas formas, das mais diversas proporções.”

 

Redação  

 

 

 


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