Ontem, indagado pela imprensa o ex-presidente estadual do PT, Charliton Machado, se ele manteria sua pré-candidatura a deputado federal, independentemente das novas regras eleitorais que estão sendo apreciadas pelo Congresso. “Só serei se não houver distritão”, disse, taxativo.
Esta semana, a comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou o novo modelo, que prevê que seriam eleitos para o Legislativo os candidatos mais votados – no atual sistema, proporcional, em que o eleitor vota no candidato e na legenda, o chamado coeficiente eleitoral ajuda o candidato a obter mais votos. Para que entre em vigor nas eleições de 2018, a medida precisa passar por dois turnos de votação nos plenários da Câmara dos Deputados e no Senado, até setembro.
O dirigente petista faz uma crítica que vem ganhando corpo entre os chamados partidos menores, à esquerda, segundo a qual esse modelo beneficia quem já tem mandato, e os “grupos políticos familiares”. Para ele, “o processo já nasce viciado, vai contribuir para a despolitização do processo, acabando com a importância dos partidos, uma vez que também deverá ser aprovado o fim das coligações, que é uma bandeira que defendíamos, mas não com o distritão. Os partidos perderão sua importância no processo eleitoral”, disse.
PB Agora