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Descartáveis jogados nas praias de JP prejudicam peixes e tartarugas

Mais de 95% do lixo encontrado nas praias brasileiras é composto por itens feitos de plástico, como garrafas, copos descartáveis, canudos, embalagens de sorvete e redes de pesca. Sacolas plásticas são as maiores vilãs do meio ambiente e, segundo o professor de Zoologia da UEPB, Douglas Zpppelini, o material plástico descartado nas praias causam estragos em vários níveis. “No mar eles provocam centenas de mortes de peixes e tartarugas”.

 

Esta é uma das principais conclusões de um trabalho de monitoramento realizado desde 2012 em diversas praias, pelo Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP), em parceria com o Instituto Socioambiental dos Plásticos (Plastivida), uma associação que reúne entidades e empresas do setor.

 

As embalagens plásticas quando consumidas de maneira exagerada e descartadas de maneira irregular, em lugar de serem encaminhadas para reciclagem, contribuem e muito para o esgotamento de aterros e lixões, são ingeridos por animais causando sua morte e poluem a paisagem. Todo esse impacto poderia ser diminuído ou eliminado, basicamente, por meio da redução do consumo desnecessário e correta separação e destinação do lixo.

 

Em João Pessoa, a coordenação de Coleta Seletiva da Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur) e representantes das Associações de Catadores de João Pessoa possuem diversos pontos de coleta seletiva.

 

O objetivo é ampliar as ações da Coleta Seletiva na capital e estimular a população a descartar esses equipamentos em locais adequados. A ação está entre as metas estabelecidas no Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) para João Pessoa, elaborado pela Emlur, dentro da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

 

O Parque Lagoa, a orla de João Pessoa e mercados públicos são alguns dos pontos onde foram instalados pontos de coleta seletiva. Nesses locais foram instalados equipamentos para recolhimento de resíduos secos. Um deles para vidro e metais e o outro para papel e plástico. Em cada unidade há instruções para os usuários sobre o que depositar nos pontos.

 

Frequentadores da orla da capital, a exemplo do aposentado Carlos Antônio, disse que o ser humano é sujão por natureza. “O que falta mesmo é educação. O pessoal precisa se conscientizar que produtos descartáveis, principalmente o material plástico jogado na orla, polui o mar e provoca a morte de peixes e outros animais”. Maria do Socorro, que pratica caminhada na orla todos os dias, disse que a poluição do mar é um problema de falta de educação.

 

“Como nós podemos ver, as praias de Tambaú e Cabo Branco são bem servidas de coletores de lixo, mas as pessoas preferem a lei do menor esforço. Ou seja, ao invés de jogarem as garrafas plásticas nos coletores de lixo, jogam na areia da praia, mas precisam saber que a maré quando enche joga todo o lixo no mar, provocando mais poluição”.

 

 

 

Redação

 


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