Tal qual o nome da Operação desencadeada pelo Ministério Público para investigar supostos desvios de dinheiro no âmbito da Cruz Vermelha na Paraíba – Organização Social contratada pelo Governo do Estado para gerir o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa – a secretária de Administração do Estado, Livânia Farias, enfrenta um verdadeiro ‘Calvário’ para tentar se livrar das acusações que a apontam como suposta integrante do esquema e até beneficiária de parte da ‘suposta propina’.
Nos últimos dias um de seus ex-assessores, em depoimento às autoridades, jogou para a atual auxiliar da gestão estadual a responsabilidade por ser uma das peças das movimentações ilícitas. Na delação, Leandro relatou que Livânia comandou a operação em que ele foi flagrado num hotel do Rio de Janeiro, recebendo R$ 900 mil, supostamente de propina.
O dinheiro, segundo o flagrante do Ministério Público do Rio de Janeiro, foi entregue ao ex-assessor de Livânia por Michele Cardozo, secretária particular de Daniel Gomes da Silva, chefe da organização criminosa, desbarata na Operação Calvário. O dinheiro seria, conforme força tarefa das investigações, desviado da Cruz Vermelha gaúcha.
O fato novo é que no depoimento, Leandro revelou que Livânia teria adquirido, com dinheiro de propina, um imóvel em Sousa, pagando em dinheiro vivo, no valor de R$ 400 mil (veja documento abaixo)
OUTRO LADO
A secretária de Administração do Estado, Livânia Farias, mesmo em fogo cruzado, vem demonstra equilíbrio ante as acusações do seu ex-assessor, Leandro Nunes Azevedo que, em depoimento ao Ministério Público, acusa-a de comprar uma casa da cidade de Sousa, cujo valor seria de R$ 400 mil. Consta na peça acusatória que o dinheiro para a compra do imóvel teria sido desviado pela organização social Cruz Vermelha, que administra o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa.
A defesa de Livânia Farias, que está sob a responsabilidade dos advogados Solon Benevides e Sheyner Ásfora já se pronunciou em nota, informando que a secretária sempre esteve e estará à disposição das autoridades para prestar qualquer tipo de esclarecimento, no intuito de promover a elucidação do caso.
As acusações formuladas por Leandro Nunes Azevedo não chegaram até a defesa da secretária, que já solicitou ao Poder Judiciário o conteúdo do depoimento, externando os advogados como sendo o teor da acusação algo infundado e calunioso.
Leandro Nunes é investigado na Operação Calvário, que apura desvio de dinheiro público repassado à Cruz Vermelha e ao Instituto de Psicologia Clínica, Educacional e Profissional (IPCEP), organizações sociais que administram hospitais da Paraíba. Ele foi preso no dia 1º de fevereiro, em Salgado de São Félix, e solto no dia 1º de março.
Veja trecho da denúncia
Confira a íntegra da nota:
Acerca de informações divulgadas pela imprensa no dia de hoje (9), a defesa de Livânia Maria da Silva Farias vem a público esclarecer o seguinte:
1. Até o presente momento não teve acesso ao depoimento prestado pelo Sr. Leandro Nunes Azevedo, no qual teriam sido feitas infundadas e caluniosas acusações contra a pessoa Livânia Farias, o que lhe causa surpresa e indignação.
2. Já foi solicitado ao Poder Judiciário acesso ao conteúdo do depoimento que vem sendo divulgado.
3. Que repudia, com absoluta veemência, a leviana insinuação de que um modesto imóvel, localizado na cidade de Sousa, tenha sido adquirido por Livânia Farias com recursos de origem ilícita.
4. Por fim, ressalta que está – e sempre esteve – à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários.
João Pessoa/PB, 09 de março de 2019
SOLON BENEVIDES e SHEYNER ASFÓRA
– Advogados de Livânia Maria da Silva Farias –
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