Foram eternos 281 minutos. Um jogo tão longo quanto inesquecível. O brasileiro Marcelo Melo e o polonês Lukasz Kubot se tornaram campeões de duplas do torneio de Wimbledon, o único Grand Slam que faltava ao Brasil na Era Aberta (desde 1968). O título veio em 4h41 com vitória sobre o austríaco Oliver Marach e o croata Mate Pavic, cabeças de chave 16, por 3 sets a 2, parciais de 5/7, 7/5, 7/6(2) e 3/6 13/11.
O feito histórico foi o desfecho de uma narrativa dramática na decisão. Melo e Kubot brilharam quando pressionados diante de adversários muito sólidos, apesar de inexperiente em grandes finais. Foi o desfecho apropriado para um resultado marcante para o tênis brasileiro após uma grande campanha no Grand Slam britânico.
A vitória só veio no terceiro match-point, quase uma hora depois das primeiras chances para fechar o jogo.
Garantido como número 1 no ranking individual de duplas, o mineiro conquistou o único Grand Slam que um brasileiro ainda não havia conquistado desde 1968, quando o tênis se profissionalizou (antes, Maria Esther Bueno venceu em Wimbledon nas simples em 1959, 60 e 64 e nas duplas em 1958,60,63,65,66).
Marcelo Melo havia sido campeão em Roland Garros, na França, em 2015, ao lado do croata Ivan Dodig. E o brasileiro Bruno Soares venceu também em duplas masculinas na Austrália e no US Open, em 2016.
Líderes no ranking do ano, Melo e Kubot somam 14 vitórias consecutivas no circuito. Eles venceram também ATP 250 de s-Hertogenbosch (na Holanda), o ATP 500 de Stuttgart, torneios preparatórios disputados na grama. Eles também foram campeões na quadra dura do Masters 1000 de Miami, em abril, e no saibro do Masters 1000 de Madri, em maio. Em Wimbledon, foram quatro vitórias em cinco sets, incluindo a semifinal e a decisão.
G1