São Paulo – Pela primeira vez na história, a Samsung assume a posição de maior marca de celulares do planeta. A alavancada da sul-coreana destronou a Nokia e acabou com 14 anos de reinado da empresa neste mercado, que inclui também os smartphones. Os números e análises foram divulgados pela consultoria iSupply.
No relatório, os analistas da consultoria mostram que, no primeiro trimestre do ano, a Samsung entregou 92 milhões de celulares em escala mundial, enquanto os finlandeses, líderes desde 1998, distribuíram quase 10 milhões a menos. Em contrapartida, a Apple, terceira maior fabricante, entregou 35 milhões de smartphones.
Smartphones
Na categoria de smartphones, considerada parte do mercado global de celulares, a liderança continua firme nas mãos da Apple. A Samsung está posicionada em segundo lugar, com 32 milhões, e a Nokia em terceiro, com apenas 12 milhões.
Contudo, para Wayne Lam, analista sênior da iSupply, em 2012, o mercado ainda irá ver bons resultados para a Samsung. Um forte indício que corrobora a tese é o próximo lançamento da sul-coreana, que acontece no mês que vem. É quase certo que, no dia 3 de maio, o Galaxy S III, grande estrela do portfólio da empresa, seja anunciado.
Fim do reinado da Nokia
E o segredo do sucesso da Samsung é justamente a variedade do seu portfólio, que abrange aparelhos em diferentes tamanhos, propósitos e sistemas operacionais. Ao contrário da Nokia, que abandonou o desenvolvimento do Symbian pela parceria com a Microsoft, a Samsung apostou em aparelhos para Android, Windows Phone e também Bada, desenvolvido pela própria empresa.
Uma saída para a Nokia é se concentrar em convencer operadoras, e consumidores, de que seus aparelhos oferecem experiências diferentes, porém tão valiosas quanto os smartphones das rivais. Mas o processo pode ser mais difícil do que parece. Ainda mais depois do problemático lançamento do Nokia Lumia 900 no mercado americano.
Logo depois que as vendas do aparelho começaram, em abril, consumidores reportaram problemas de conexão com o Lumia 900. A empresa admitiu a falha e, como “recompensa” ofereceu 100 dólares pelo inconveniente. O detalhe é que o aparelho custa apenas 99,99 dólares nos planos oferecidos pelas grandes operadoras do país.
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