Um levantamento feito pela Serasa Experian mostrou que entre janeiro a outubro de 2016, 1.702.958 novas empresas foram criadas no Brasil. De acordo com o Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresa, o resultado foi considerado o maior do período desde 2010. Se comparado aos 10 primeiros meses de 2015, período em que houve 1.691.652 nascimentos de empresas, a quantidade é considerada 0,7% superior. Porém, os avanços não se mantiveram por muito tempo, havendo queda de 1,8% em outubro de 2016, período o qual 159.991 novos negócios foram criados, resultado significantemente menor em comparação as 162.979 geradas em setembro do mesmo ano.
Segundo economistas da Serasa Experian, o número recorde de criação de novas empresas foi evidenciado entre janeiro e outubro de 2016 devido ao chamado empreendedorismo de necessidade, que impulsionou a criação de novas empresas. Esse fenômeno é consequência do alto desemprego e das dificuldades econômicas em que o País se encontra. De acordo com a Serasa, já é possível notar o resultado oposto, uma vez que a desaceleração na criação de novos negócios está cada vez mais notável.
Natureza Jurídica
Nos 10 primeiros meses de 2016, estima-se a geração de 1.344.539 novos microempreendedores individuais, número 4,2% maior se comparado aos 1.290.204 do mesmo período de 2015. A criação de 148.017 unidades foi registrada pelas Sociedades Limitadas, assim como a queda de 12,4% em relação ao intervalo anterior, período o qual 168.894 empresas se originaram.
O nascimento de empresas individuais caiu 21,1%, resultando na criação de apenas 113.237 novos negócios entre janeiro e outubro do ano passado, considerada essa a maior queda entre as naturezas jurídicas. Em contrapartida, o nascimento de novos negócios de outras naturezas aumentou 9,1%, com 97.165 criações nos primeiros10 meses do ano passado. Vale ressaltar que no mesmo período de 2015, foram contabilizados 87.600 nascimentos.
Registrado desde a série histórica do indicador, o desenvolvimento crescente na formalização dos negócios no País é responsável pela constante elevação dos microempreendedores individuais, que em um período de sete anos passaram de 48,1% dos novos empreendimentos, para 79% no último levantamento feito pela entidade.
Fonte: Economia – iG