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Greve da UEPB faz um mês e reitor diz que calendário está comprometido

 A greve dos professores e técnicos administrativos da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), completa um mês e já produz prejuízos a comunidade. Todas as clínicas escolas da universidade estão sem funcionar em decorrência da paralisação. Com isso, mais de 500 pessoas deixaram de receber atendimentos aos serviços realizados em parceria entre UEPB e SUS.

Por causa da greve, o ano letivo da instituição não será finalizado em 2013. Muitos alunos que deveriam se formar ainda este ano, que fazem parte de pesquisas ou ainda que foram aprovados em concursos e precisam do certificado de conclusão de graduação, estão prejudicados com as paralisações. O reitor da UEPB, Rangel Júnior, informou que o ano letivo já está prejudicado e só deverá ser concluído em 2014.

De acordo com o reitor a paralisação de 30 dias impede o cumprimento do ano letivo ainda em 2013. O período letivo segundo ele, está comprometido. "O período letivo não tem a menor condição de ser concluído dentro do semestre como era previsto, já temos as férias de julho comprometidas e as de dezembro e janeiro também parcialmente comprometidas. O ano letivo não se encerra mais em 2013, pois se foram mais de 30 dias de aulas perdidas e não se pode imprensar o calendário porque os programas precisam ser cumpridos”, relatou Rangel Júnior.
Muitos alunos que deveriam se formar ainda este ano, que fazem parte de pesquisas ou ainda que foram aprovados em concursos e precisam do certificado de conclusão de graduação, estão prejudicados com as paralisações.

Segundo o pró-reitor de Ensino e Graduação da UEPB, Eli Brandão, alunos que foram aprovados em concurso público e estão precisando do certificado de antecipação do curso de graduação para apresentar no momento da posse estão sendo prejudicados. “Cerca de 24 alunos já nos procuraram. Alguns conseguiram o documento depois de muita insistência nossa com alguns servidores, que informaram que não prestarão mais o serviço durante a greve. Infelizmente, a situação é complicada”, explicou.
Com a paralisação, cerca de 20 mil alunos estão sem aulas em oito Campus da instituição. Os docentes reivindicam um reajuste salarial de 17,7% e melhorias na infraestrutura. O presidente da Associação dos Docentes da UEPB (AduePB), José Cristovão de Andrade, garante que o movimento continua forte e já alcança adesão de 80% da categoria em todos os Campus. Eles tem realizado uma série de atividades em todos os Câmpus.

Desde que a greve foi deflagrada, o reitor já se reuniu várias vezes com representantes dos docentes e dos técnicos administrativos na tentativa de encontrarem uma as saída para o problema e por fim ao impasse.

Em todas as reuniões com o comado de greve, o Reitor Rangel Junior tem reafirmado que a proposta orçamentária prevista para o ano de 2013 não permite a concessão de nenhuma proposta de reajuste salarial. Ele também fez um chamado aos professores e técnico-administrativos para o retorno às atividades, visto que mais uma semana de paralisação pode comprometer o calendário da Universidade e, consequentemente, o ano letivo. Segundo o reitor, os recursos disponíveis para a UEPB este ano somam a quantia de R$ 231,6 milhões, sendo que deste valor R$ 201 milhões são para pagamento da folha pessoal da ativa, ou seja, 87% do orçamento está comprometido com a folha de pessoal; 7% com despesa corrente e 6% com despesa de capital.

Na semana passada os comandos de greve dos dois sindicatos resolveram colocar o governo do Estado na negociações, e estão tentando uma audiência com RC. Eles querem que o governador aumente o orçamento da instituição, e reestabeleça a Lei de Autonomia.

PBAgora

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