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Reitor da UEPB propõe que sindicatos aceitem convite de RC

  O reitor da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), professor Rangel Junior, propôs aos sindicatos quem representam os professores e técnicos administrativos da instituição a darem uma trégua na greve da categoria e tentarem retomar o diálogo com o Governo do Estado.

Os docentes estão em greve há dois meses, deixando mais de 23 mil alunos sem aula e, na semana passada, decidiram em assembleia manter o movimento por tempo indeterminado.

Em recente audiência com o comando de greve, o governo, via secretários, sinalizou que só iria negociar com a categoria caso os docentes retornassem para as salas de aula. Em entrevista à Rádio Campina FM, Rangel Junior lançou o desafio a Associação dos Docentes da UEPB (ADUEPB) e ao Comando de Greve, para retornarem ao trabalho e, posteriormente, aguardarem a retomada das negociações com o Palácio da Redenção. Para ele, esse pode ser o caminho para a abertura de diálogo entre o Governo do Estado e os dois sindicatos que representam os técnicos e docentes da UEPB.

Rangel sugeriu aos sindicatos darem um crédito ao governador, que chegou a empenhar a palavra de que sentaria para conversar com os docentes e técnicos caso eles encerrassem a greve. Nesse sentindo, já vislumbrando uma “luz no fim do túnel” para pôr fim ao impasse, oreitor sugeriu aos técnicos e docentes que suspendam o movimento e deem um prazo para o governo estabelecer a mesa de negociação.

“Eu ponderaria sinceramente nesse caso, porque a greve não pode ser uma coisa de birra. Se de fato o governo empenha a sua palavra e está dizendo que terminada a greve no outro dia senta para discutir, porque não? Se o governo está dizendo que negocia, eu faria. Se não houver o entendimento mínimo e o governo não negociar, pode voltar a greve depois. Eu acho que, do ponto de vista de uma inteligência coletiva política, poderia se pensar mesmo em sair da greve, assegurar a negociação e dar um prazo para negociar”, comentou o reitor.

Para Rangel, a “intransigência” de ambas as partes não vai levar a lugar nenhum. Por isso, ele defende o fim do movimento grevista para a abertura do diálogo. Rangel Junior reconheceu a legitimidade do movimento e ressaltou que os servidores da UEPB estão há três anos sem reajuste e que, até o momento, não há negociação por parte do Governo do Estado com a categoria. “É preciso reconhecer uma realidade: os trabalhadores da UEPB estão há três anos sem reajuste. Tiveram 1% no ano de 2015, o que é insignificante, e em 2016 e 2017 não tiveram nenhum reajuste”, sublinhou.

Ao fazer um cálculo rigoroso das perdas no poder de compras do salário dos servidores da instituição nos últimos três anos, com 1% de reajuste em um ano e zero por cento por dois anos seguidos, Rangel apontou que quem ganhava R$ 1 mil tem hoje o salário valendo cerca de R$ 770, porque, conforme destacou o reitor, o último reajuste concedido a categoria foi em 2014, de 6%, sendo que depois o governo ainda reduziu o percentual para 5%.

“E esse prejuízo não pode ser pago e debitado totalmente na conta daqueles que trabalham e conduzem o destino da instituição. São os professores e técnicos que conduzem a instituição. Não é a Reitoria. Quem constrói o cotidiano da universidade são os professores, técnicos e estudantes juntos”, enfatizou Rangel Junior.

Redação

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