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Opinião: um abraço para meu grande amigo e mestre Dionísio

Eu analisei por todo o dia meu tato, audição, visão, olfato e paladar. Toquei meu corpo e fui até os anos 90 pagando carona na teoria do buraco de minhoca, de Einstein, cuja essência redunda na possibilidade de ser possível realizar viagens no tempo por meio de “orifícios” que atuam como portais que permitem o trânsito entre o futuro e passado.

 

Pois bem: “ressurgi”, graças a Einstein, com sucesso no que antes era chamado “Científico”. Ainda abalado com o lapso de tempo, eis que surgiu, na segunda aula, a figura educada, afável e sábia do professor Dionísio. Peteca de papel para um lado, berros estridentes para o outro, paqueras e gracejos também estavam presentes naquele momento, até a entrada do mestre.

 

Na minha máquina do tempo, vi um homem de estatura mediana “dominar a sala adolescente” com um simples bom dia. Sim, esse era e é meu amigo Dionísio. Amigo de todos os alunos. Amigo da língua portuguesa, literatura e da vida.

 

E aí foi iniciada a aula dentro do meu deslocamento no tempo e espaço. Confesso que sempre fui da turma do “fundão”. Um horror em  Matemática. O saudoso Morais tentou, a todo custo, enfiar números em minha mente, mas não era minha “praia”.

E gostava e gosto da “sopa de letras”. E Dionísio sabia de tal preferência. E assim como eu, estudante mediano, ou aquele mais apto a “perder” tardes no estudo gramatical, havia sempre  minutos alongados disponibilizado pelo mestre para a retirada das dúvidas pós-aula, algo raro, nos dias atuais.

E assim foram três anos de estudo e puro aprendizado com o velho amigo e mestre. Ao findar do último ano letivo, soube que telefonou para cada aluno a fim de saber como foi o desempenho na redação do outrora vestibular.

 

Ligou também para mim. Entre Parnasianismo, Romantismo ou qualquer outra escola literária, eu e aqueles que tiveram a oportunidade de tê-lo como mestre, fica sua maior lição: o amor ao próximo e o gosto pela língua portuguesa e sua história.

 

A ti, Dionísio, meu mais profundo carinho. Fique com Deus. Dia desses nos revemos nas esquinas da vida eterna!

 

Eliabe Castor

 

PB Agora

 

 


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