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Goleiro da Chape cresce na hora decisiva e venera ídolo

 Olhar para o gol da Chapecoense e não ver Danilo ainda traz aquele nó na garganta, a tristeza pelo que se passou, a eterna saudade do ídolo. Mas quem olha para o time sub-20 se enche de esperança. Lá está um camisa 1 de corte de cabelo moderno, braçadeira de capitão, pinta de líder, ídolo em potencial, bom pegador de pênaltis. Esse é Tiepo, um dos principais responsáveis por colocar a Chape na terceira fase da Copa São Paulo de Futebol Júnior.

Qualquer semelhança com Danilo está longe de ser uma mera coincidência. O garoto conviveu com o antigo titular do time principal – uma das 71 vítimas fatais do acidente aéreo de 29 de novembro, na Colômbia – na pré-temporada de 2016 e em outros vários momentos espalhados pelo ano que ficará sempre marcado na história alviverde. Ouviu ensinamentos, aprendeu lições, certamente recebeu algum puxão de orelha. Tudo serviu para que ele fosse decisivo quando o time mais precisava. Igualzinho ao ídolo, eternamente na memória dessa promessa.

– Essa defesa é para o Danilo. Ele era um pegador de pênalti. Sempre foi minha referência, meu ídolo, até por estar tão perto. Treinei bastante tempo com ele, fiz a pré-temporada do ano passado com o profissional – disse Tiepo, sem a menor ideia do que a defesa no pênalti do são-paulino Eder Militão, em Capivari, pode significar para a sua carreira na Chape.

O reconhecimento veio minutos depois de espalmar o chute do zagueiro adversário, na decisão por pênaltis que garantiu a vaga da Chapecoense em mais uma partida eliminatória da Copa São Paulo. Tiepo foi o mais assediado pelos torcedores de Capivari, que abraçaram o clube e fizeram tudo para que os catarinenses saíssem classificados. O capitão do sub-20, apesar da timidez, assinou dezenas de camisas, posou para fotos, tirou selfies e atendeu grande parte da galera.

– Sem palavras, a gente está muito feliz. Estou muito feliz, nem consigo falar. Tenho apenas que agradecer – repetia, a cada entrevista, o jovem goleiro alviverde.
Tiepo e todos os companheiros experimentaram o gosto da idolatria. E agora não querem parar por aí. O próximo desafio é o Capivariano. Se depender do camisa 1, a próxima será apenas mais uma partida na histórica campanha da Chape na Copinha. O garoto quer seguir os passos do eterno ídolo e continuar a trajetória interrompida.

– Agora a gente vai em busca do título. A gente viu que dá. Sempre deu, na verdade, mas agora vamos pensar mais nisso.

Globo.com

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