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Presidente do Campinense explica atrasos nos salários do clube e admite deixar o cargo

Ventos soprando contrários, apesar da boa campanha no Campeonato Paraibano. O presidente do Campinense, Antonino Macedo, confirmou os problemas financeiros que o clube vem enfrentando e que deflagrou a paralisação das atividades por parte do elenco na quinta-feira. As contas bloqueadas por dívidas trabalhistas tem gerado a crise financeira na Raposa.

Em entrevista, ele confirmou que a principal causa para o momento de dificuldade é o congelamento das receitas que a agremiação teria direito a receber, como por exemplo os mais de R$ 500 mil pela participação na Copa do Brasil 2019.

Antonino admitiu a possibilidade, que há algum tempo vem sendo ventilada nos bastidores do clube, que seria sua saída do cargo de presidente da Raposa.

– Eu não tenho vaidade nenhuma. Eu assumi por uma consequência, porque eu era presidente do conselho. Se chegar alguém que tenha dinheiro, mas que não seja apenas com conversa, eu não teria problema nenhum de deixar o cargo para outra pessoa que tenha vontade de assumir o clube. Mas é para chegar e resolver a situação – acrescentou Antonino Macedo.

O dirigente assumiu o cargo de presidente após o afastamento de William Simões – por determinação da Justiça, após as investigações da Operação Cartola – e da renúncia do então vice-presidente, Félix Braz. Por ser o presidente do Conselho Deliberativo, ele era o próximo na hierarquia da política do clube e foi alçado ao comando do executivo rubro-negro.

Na última quinta-feira, o time tinha um treinamento marcado para no município de Lagoa Seca, mas o grupo deliberou que não ia trabalhar. Os atletas reclamam de atraso de salários.

O Campinense pagou apenas 40% da folha salarial de janeiro aos jogadores. Dessa forma, o clube estaria devendo aos atletas, 60% dos salários do primeiro mês do ano. O clube tem até segunda-feira para pagar os vencimentos de fevereiro.

Por conta disso, o elenco resolveu se reunir no Estádio Renatão, onde a maior parte do grupo está alojada, e definiu que não iria treinar.

Além dos jogadores, a comissão técnica e os funcionários do clube também estão sem receber. Os salários de janeiro e fevereiro não foram pagos à comissão. Já os funcionários têm a pior situação. Eles reclamam que não estão sendo remunerados desde dezembro.

O treinador Francisco Diá não quis falar com a reportagem, mas revelou que não teve como segurar a greve dos atleta

Ontem, após conversa com o presidente, os jogadores treinadoram normalmente e estão prontos para enfrentar o Serrano neste domingo no Amigão. Além do Logo da Serra, a Raposa ainda enfrentará nessa fase do Estadual, o Botafogo (PB), e o Treze. 

Mesmo com todo o ambiente conturbado na política do clube, o Campinense segue fazendo uma boa campanha na disputa do Campeonato Paraibano e ocupa a primeira colocação do Grupo B da competição estadual, com 14 pontos conquistados até o momento. A classificação para as semifinais pode vir com uma vitória na próxima partida, contra o Serrano-PB, no domingo, no Estádio Amigão.

SL

PB Agora

 


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