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Chacina de Pioz: Polícia suspeitava de Patrick desde o começo, dizem agentes em júri na Espanha

Os policiais da Guarda Civil que investigaram o caso que ficou conhecido como a chacina de Pioz, na Espanha, já desconfiaram que Patrick Nogueira, sobrinho e primo das vítimas, era o principal suspeito do crime cinco dias depois que os corpos da família esquartejada foram achadas. Os agentes depuseram nesta sexta-feira (26), terceiro dia do julgamento de Patrick, que acontece em um tribunal em Guadalajara.

“Se ele tivesse ficado dois dias a mais na Espanha, nós teríamos o prendido”, explicou um dos agentes durante o depoimento. As informações são da emissora estatal espanhola RTVE.

Segundo os agentes, várias evidências os fizeram suspeitar que Patrick era o autor dos crimes, entre elas o fato de que ele parou de ir para academia, que frequentava diariamente, imediatamente nos dias após a data do crime, 17 de agosto de 2016. Além disso, os agentes ficaram surpresos com a saída rápida de Patrick da Espanha para o Brasil, dias depois que os corpos foram achados.

No depoimento, os policiais informaram que imediatamente rastrearam o cartão de passagem do réu e descobriram que ele viajou da cidade de Alcalá de Henares, onde morava, para Pioz, no dia 17 de agosto de 2016, voltando para Alcalá no dia seguinte. Os dados triangulados do celular do jovem o colocava em Pioz no dia dos crimes.

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Suspeito de matar família paraibana é preso após se entregar voluntariamente à Guarda Civil da Espanha em 2016 — Foto: Guardia Civil/Divulgação/Arquivo

Celular formatado

Ao se entregar às autoridades espanholas, em 19 de outubro de 2016, depois de ter fugido para o Brasil, Patrick Nogueira também entregou aos agentes o aparelho celular, que segundo os peritos, estava “totalmente formatado”.

Os peritos precisaram usar outros meios para ter acesso aos dados e encontraram mensagens e fotos tanto na memória do aparelho quanto na nuvem. Entre os dados, estavam buscas na internet sobre o crime antes mesmo dos corpos terem sido achados e a conversa entre Patrick e o amigo Marvin, que aconteceram durante o crime.

 

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Marvin e Patrick trocaram conversa durante os crimes, na Espanha — Foto: Reprodução/Polícia Civil da Paraíba

Outro detalhe relatado pelos peritos que garantiram a suspeita em Patrick desde o início da investigação foram manchas de sangue no chão da residência em Alcalá de Henares, onde Patrick dividia apartamento com outras pessoas, que prestaram depoimento na quinta-feira (25). Parte das manchas foram localizadas por cães policiais, escondidas em uma parede que havia sido pintada recentemente.

Após o encerramento da sessão desta sexta-feira, Patrick voltou para o presídio de Estremera, onde está em prisão preventiva desde 2016. O julgamento retorna na segunda-feira (29), quando vão ser ouvidos agentes que elaboraram as provas contra o réu, peritos que fizeram exames no local do crime, médicos responsáveis pela pelos exames nos restos mortais das vítimas e médicos forenses que fizeram exames psicológicos em Patrick.

 

G1

 


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