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CMJP investigará pedreira irregular na Paraíba

A vereadora Raíssa Lacerda (DEM) confirmou na manhã desta quinta-feira (27), que a comissão parlamentar para investigar o caso de exploração de trabalho infantil em pedreira na Capital vai acompanhar juntamente com os órgãos competentes a veracidade das denúncias publicadas na edição de domingo (24) do Jornal O Norte.

Ainda na tarde desta quinta-feira, Raíssa informou que a comissão estará indo ao estabelecimento averiguar as denúncias. “Se os órgãos competentes estiveram no local e interditaram é porque tem alguma coisa de errado”, afirmou a vereadora.

Na manhã de hoje a Polícia Federal, o Ministério do Trabalho e o Exército, estiveram no local e interditaram o estabelecimento devido ao grande número de explosivos, bombas, falta de licença ambiental e nenhum funcionário com registro profissional devidamente assinado.

Por se tratar de uma investigação sigilosa, o Ministério do Trabalho não revelou as procedências que serão tomadas.

Raíssa informou que não pretende fazer nenhuma perseguição aos pobres, ela quer apenas que a pedreira siga as normas trabalhistas.

A parlamentar lembra ainda que as denuncias não partiram da Câmara Municipal, mas que é dever da Casa conferir a veracidade.
 

Entada o caso

O plenário da Câmara Municipal de João Pessoa aprovou, na manhã desta quarta-feira (26), a criação da comissão parlamentar sugerida pela vereadora Raíssa Lacerda ( DEM) para investigar a denuncia publicada no Jornal O Norte no último domingo, dando conta de que uma pedreira em João Pessoa estaria explorando trabalho infantil, mantendo um sistema de trabalho escravo e praticando crime ambiental.

Presidida por Raíssa, a comissão será composta pelos vereadores Bruno Farias (PPS), Felipe Leitão (PRP), Jorge Camilo (PT), João Corujinha (PSDC) e João dos Santos (PPR).

A vereadora afirmou que vai cancelar sua agenda parlamentar desta quarta-feira (26) para que ainda hoje vá a pedreira verificar a denúncia.

Na manhã de hoje, Raíssa sugeriu a criação de uma comissão parlamentar da Câmara da Capital para investigar o assunto. Após tentar dissuadir a colega, Tavinho Santos (PTB) resolveu comprar a briga para que a Casa não se envolva na questão.

Raíssa Lacerda não mostrou disposição em desistir da idéia. Antecipando-se à vereadora, Tavinho Santos subiu à tribuna e conclamou o plenário a derrotar o requerimento da colega, por considerar as denúncias “infundadas”. Raíssa passou a ouvi-lo, atentamente.

Tavinho Santos garantiu no seu discurso ter ido pessoalmente ao local alvo da denúncia e constatou não existir nada do que foi noticiado pelo denunciante a O Norte. “Não passa de sensacionalismo”, garantiu ele, informando que que o dono da pedreira vem sofrendo perseguições e que o autor das denúncias por várias vezes tentou extorquir dinheiro do proprietário.

“Não faz nenhum sentido afirmar que no Centro da Capital aconteça algo desse tipo”, argumentou o vereador. Foi a vez de Raíssa se pronunciar. Segundo ela, há indícios de que o dono da pedreira tenha “apadrinhamento” político e que não vai desistir da comissão.

A vereadora informou também que a Polícia Federal já investiga o caso e que já existe denúncia também no Ministério Público.
PB Agora

 

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