Pesquisa, extensão e até mesmo a manutenção de serviços básicos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) podem entrar em crise nos próximos meses. Isso porque, após o Ministério da Educação (MEC) cortar mais de 20% do seu orçamento para custeio, o dinheiro em caixa só deve durar até outubro, colocando a instituição em uma situação delicada.
A verba destinada ao setor passou de R$ 59 milhões para R$ 47 milhões, dos quais somente R$ 35 milhões foram repassados até o momento, contingência que tem prejudicado a instituição em diversos segmentos. Restaurante Universitário, Residência Universitária, pagamento de estagiários, terceirizados e diversas ajudas de custo para pesquisa dependem diretamente dos valores vindos desse orçamento.
De acordo com o pró-reitor adjunto de Administração, Severino Gonzaga, a queda do orçamento disponibilizado pelo Governo Federal tem limitado as ações da UFPB. No início do ano a instituição precisou parcelar o pagamento da energia elétrica, já que o orçamento não permitia o pagamento integral do boleto. Apesar de ter recebido pareceres favoráveis de todos os avaliadores, a UFPB teve uma redução de 21% no número de suas bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), passando de 518 para 406, voltando a patamares inferiores aos de 2007. O número prejudica o fomento à Iniciação Científica, um dos pilares da instituição, que financia com recursos próprios 500 bolsas deste tipo.
Redação