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Trauma é referência no tratamento de pacientes com queimaduras

Houve um tempo em que a recuperação de um paciente considerado grande queimado (com mais de 20% do corpo) era sinônimo de uma vida repleta de limitações (devido a sequelas motoras), ou até mesmo de um inevitável óbito. Na Paraíba, esta realidade começou a mudar com a inauguração da Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ) do Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, referência no tratamento de queimaduras da Paraíba, além de estados vizinhos como Pernambuco e Rio Grande do Norte.

 

Segundo o coordenador médico da UTQ, Saulo Montenegro, a reabilitação de uma vítima de queimadura é muito difícil, mas a unidade de saúde oferece as técnicas mais modernas existentes no mercado mundial. “Por ser uma unidade de saúde que atende alta e média complexidade, os serviços de cirurgia plástica e queimados desenvolvem um trabalho de acompanhamento ambulatorial dos seus pacientes, até o final de todo o tratamento, um diferencial em uma instituição pública de saúde, já que os retornos são periódicos e os pacientes só recebem alta quando estão totalmente recuperados”, ressaltou.

 

Os números de retornos de casos envolvendo queimaduras nos primeiros cinco meses de 2018 foram 582, enquanto no ano de 2017 foram 1.072 registrados, sendo que o perfil destes pacientes é de jovens/adultos do sexo masculino.

 

A Paraíba é o único Estado brasileiro a manter por 16 anos ininterruptos uma campanha de prevenção a queimaduras e o resultado já pode ser visto. No final da campanha do ano passado, foi verificada uma redução de 13% no número de vítimas de queimaduras, em relação ao mesmo período no ano de 2016. Em  junho de 2017, foram  95  paciente atendidos e em  2016,  109 pacientes.

 

A diretora geral do Hospital de Trauma, Sabrina Bernardes, explica que o tratamento de um paciente com queimaduras graves é longo e requer cuidados constantes. “Para o restabelecimento de seu bom estado de saúde é necessário vencer etapas, como: a estabilização do quadro clínico e a cicatrização do tecido lesionado até o retorno da função de cada parte atingida”, informou.

 

Saulo Montenegro ainda comentou que vários procedimentos são responsáveis por uma boa devolução do quadro de saúde do queimado. “Medicamentos, cirurgias plásticas e curativas especiais, com ou sem anestesias, além de avaliações clínicas, fisioterapia e acompanhamento multidisciplinar”, completou.

Assim foi o caso da paciente Ivanilda Mendonça, de 41 anos, que sofreu uma queimadura de segundo grau após um incidente com café quente. “Fiquei internada por cinco dias tendo necessidade de utilização de curativos especiais no local lesionado, o que está sendo crucial para minha recuperação. Hoje, tenho que voltar ainda por alguns meses para fazer os curativos para recuperação total”, salientou.

 

A coordenadora de enfermagem, Desirée Mazocco, conta que o atendimento a uma vítima de queimadura na UTQ é iniciado tão logo o paciente é admitido no setor. “A nossa campanha tem um nome bastante sugestivo ‘Marcas que ficam para sempre’, pois toda queimadura, independente da gravidade, vai deixar alguma marca na pele e no psicológico, por isso fazemos o possível para minimizar o sofrimento dos usuários que procuram a nossa unidade”, frisou.

 

Referência – O Hospital de Trauma de João Pessoa é referência no atendimento às vítimas de queimaduras, possui uma Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ) há 17 anos que presta atendimento ambulatorial e hospitalar 24 horas. Uma equipe multiprofissional, entre eles, cirurgiões plásticos, anestesistas, enfermeiros e técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e psicólogas, atende os pacientes. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3216.5721.

 

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