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Mais de 700 candidatos no Brasil usarão patente ou cargo policial como nome na urna

Sargento, soldado, coronel, tenente, delegado… Pelo menos 746 postulantes às eleições deste ano carregarão consigo para as urnas as instituições às quais estão ou foram vinculados. Mais de um quarto deles (199) vai concorrer pelo PSL, do deputado e presidenciável Jair Bolsonaro. Levantamento do Congresso em Foco mostra que pelo menos 19 patentes e cargos relacionados a forças policiais, militares e armadas serão utilizados por candidatos nas eleições de outubro.

O levantamento aponta que a maioria desses candidatos com patente no nome vai concorrer a vagas nos legislativos estaduais e federal em 23 estados e no Distrito Federal. São 430 postulantes a deputado estadual, 19 a distrital e 262 a federal. Na lista, porém, aparecem oito candidatos a governador, oito a vice, um a presidente, o Cabo Daciolo (Patriota), e um a vice-presidente, o General Mourão (PRTB), que faz chapa com Bolsonaro.

Candidato à reeleição e correligionário de Bolsonaro, o deputado Delegado Waldir (GO) afirma que o presidenciável “puxa” o movimento das patentes para seu partido. Como este site mostrou mais cedo, o número de candidatos pela sigla disparou com a candidatura do capitão do Exército. “Mas não basta ter patente, tem de ter serviço para mostrar”, disse o goiano. Com 1.260 nomes, o PSL é a legenda com maior número de candidaturas no geral.

Para o deputado Major Olimpio (SP), também do PSL, a patente tem, sim, peso nas urnas. "A questão da segurança pública tem prioridade pela tragédia que é para todo o povo brasileiro", disse à reportagem. Para ele, a população tem buscado nas forças policiais referências para levar para a política. O parlamentar foi o responsável por articular as candidaturas de militares no PSL, e afirmou estar feliz com o resultado no número de candidatos.

Nem todos levam a patente ou a instituição à qual pertence no nome, como o próprio Bolsonaro, um capitão da reserva do Exército. O TSE indica em seu site que 889 pessoas declararam à Corte eleitoral serem membros das instituições militares (bombeiros, policiais e militares reformados) neste ano. Entre eles, o próprio presidenciável. O número é quase idêntico ao de 2014, quando 888 pessoas se autodeclararam militares.

 

Redação com Congresso em Foco 

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