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Veneziano Vital do Rêgo vê Parlamento produtivo e PMDB fortalecido para 2018

“O Poder Legislativo tem a disposição de firmar-se, marcar presença com altivez, debatendo os temas, estabelecendo uma pauta que seja produtiva, e que os resultados sejam os desejados pela sociedade brasileira”.

É assim – com um olhar futurista e ao mesmo tempo otimista – que o deputado federal Veneziano Vital do Rêgo (PMDB-PB) vê o Parlamento Brasileiro, a partir da posse dos 513 deputados federal da 55ª legislatura, ocorrida no domingo (1º), e da qual ele é um dos integrantes.

Ex-prefeito de Campina Grande – por dois mandatos, ex-vereador em sua cidade, Veneziano é também um dos três novos deputados federais do estado da Paraíba que compõem a nova safra de parlamentares na Câmara Federal (onde a renovação foi de 46%).

Com esse mesmo olhar, “mesmo achando cedo”, que o parlamentar paraibano vê o PMDB, seu partido, se fortalecendo, a partir da eleição de Eduardo Cunha para Presidência da Câmara, para apresentar um candidato a presidente da República em 2018.

O peemedebista só não vê com bons olhos as medidas de ajuste econômico que a presidente Dilma está encaminhando ao Congresso Nacional, e que vai afetar a população do Nordeste. Concordamos que há uma necessidade de ajustes, de ter um superávit e de ter a capacidade diminuir o déficit. Mas que não nos sejam impostas, principalmente a segmentos mais sensíveis, aos mais humildes, perdas que seriam irreparáveis”.

É deste e de outros assuntos que o parlamentar falou, com exclusividade, ao jornalista Gil Maranhão, da Agência de Notícias Política Real.

AGÊNCIA POLÍTICA REAL – Grandes mudanças ocorreram aqui na Câmara, nessa nova legislatura. Como senhor analisa essa tendência de renovações nas bancadas da Paraíba, na bancada do Nordeste, no Parlamento como um todo. E o que o senhor espera disso tudo?

VENEZIANO DO RÊGO – Primeiro agradeço a atenção e espaço que vocês estão no reservando nesse inicio de nova experiência que passamos a ter no Parlamento, pois tive essa experiência, mas no Parlamento municipal, mas bastante diferente. O alcance é muito maior. O nível de responsabilidade, as atribuições são infinitamente maiores do que nós vemos na Câmara Municipal. Houve quase uma mudança de 200 parlamentares espalhados pelas 27 unidades da Federação. Na Paraíba nem tanto. Boa parte dos parlamentares se elegeu. De novos temos o retorno do deputado Rômulo, a minha chega a do deputado Pedro Cunha Lima. Os outros renovaram seus respectivos mandatos. A minha expectativa e o meu sentimento é de que aquilo que ocorreu no último domingo, com a vitória de Eduardo Cunha, possa gerar mudanças bastante significativas. Não digo que a Câmara, sob a condição de Eduardo, será um poder beligerante, ou seja, que quererá guerra. Não, não é isso. O Poder Legislativo tem a disposição de firmar-se, marcar presença com altivez, debatendo os temas, estabelecendo uma pauta que seja produtiva, e que os resultados sejam bastante desejados pela sociedade brasileira. E aí nós vamos citar as reformas política e tributária, e tantos temas que a sociedade tem cobrado e muitas das vezes são postergados. E a minha expectativa é que mesmo num ano difícil, delicado sob o ponto de vista econômico e também político, porque serão bastante acalorados os debates entre oposição e governo. Eu espero e acredito que vamos ter a condição de produzir bons feitos aqui.

AGÊNCIA POLÍTICA REAL – O protagonismo do PMDB na Câmara será maior este ano há 30 anos depois de Ulisses Guimarães. O partido volta ser o protagonista deste grande momento no País. Como o senhor analisa esse momento para o partido?

VENEZIANO DO RÊGO – Eu fico feliz porque tenho notado que o PMDB em torno dessa campanha e do nome que de forma competente soube aglutinar legendas, que é o deputado Eduardo Cunha, não é o desejo de mando. Mas porque voltou a se reunificar. A bancada foi toda, por completo, partícipe da vitória de Eduardo Cunha. Todos os seus integrantes se envolveram pedindo voto de apoio. Há claramente a disposição do PMDB de constituir uma pauta discursiva, apresentando o partido como um partido que tem ideia. Nós efetivamente não somos um partido apêndice. Ao olhar de alguns pode até ser. Nós apoiamos um projeto e continuamos apoiando, que é esse projeto conduzido pelo PT, que precisa ser revisto. Mas temos condições de plenas, e é este o sentimento que nós nutrimos, que vemos em cada parlamentar de fortalecendo a legenda poder disputar as eleições nacionais em 2018 com um candidato a presidente da República. É cedo, muito cedo pra se pensar. Mas é no dia a dia que esse trabalho poderá de fortalecer e chegando forte m 2018 se consumar. A presença de Eduardo e seu espírito, estilo e disposição de querer trabalhar, debater os temas e não postergar os que estão adormecendo em gavetas, a mim, me parece, uma marca nessas novas páginas que a Câmara dos Deputados escreve nesses dois próximos anos.

AGÊNCIA POLÍTICA REAL – A presidente Dilma está enviando para o Congresso Nacional uma série de medidas de ajuste econômico, e mexem muito com a população, principalmente a população do Nordeste. Como é que o senhor acha que vai ser a relação do Nordeste com a presidente Dilma, devido essas medidas?

VENEZIANO DO RÊGO – Não há dúvidas que há se ter alguma mudanças. Há de se compreender a realidade atual, sob o ponto de vista fiscal, econômica que o País atravessa, sobre aquilo que todos nós somos conhecedores, como déficit fiscal, o endividamento, tudo requererá da equipe econômica, como a própria equipe assim ela se fez entender, algumas medidas, alguns ajustes. Agora, não significa dizer, e que de já reafirmo aos paraibanos, que mesmo sendo integrantes do PMDB e da base do governo, nós não estamos dispostos a desconhecer os direitos e conquistas que todos os brasileiros já verificaram, principalmente no campo previdenciário, nas questões dos trabalhadores com auxílio. Enfim, são pontos que estão sendo abordados e apresentados em medidas Provisórias (MP) e que nós vamos estar atentos. Concordamos que há uma necessidade de ajustes, de ter um superávit e de ter a capacidade diminuir o déficit. Tudo isso é ponto pacífico. Mas que para esse fim não nos seja impostos, principalmente a segmentos mais sensíveis, os mais humildes, perdas que seriam irreparáveis.

AGÊNCIA POLÍTICA REAL – O Nordeste não pode pagar o pato desta história?

VENEZIANO DO RÊGO – Absolutamente. Nem o Nordeste nem ninguém. E não é apenas o nordestino, mas todos aqueles que se incluem nesses benefícios verificados. Nós vamos estudar tudo isso. Eu inclusive estou com as medidas provisórias. Tive o cuidado na semana passada de já tê-las nas minhas mãos para, conhecendo de perto, saber me posicionar. Mas o ponto pacífico e o convencimento que tenho, e vejo isso na própria bancada, é de que não concordaremos com perdas que possam se verificar sobre segmentos mais vulneráveis. 

 

 

PB Agora com Agência Política Real

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