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Cientista analisa que denúncias de corrupção envolvendo Cartaxo devem afetar sua imagem

 Em entrevista recente a imprensa paraibana o cientista político Lúcio Flávio, analisou , em artigo, a situação do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD), face às denúncias de superfaturamento na obra da Lagoa:

“Num ambiente como o que vive hoje o Brasil, isso acaba sendo um fardo político e, como não deve se encerrar em breve, acaba por criar mais dúvidas que certezas sobre o futuro da candidatura de Luciano Cartaxo ao governo”.

Entenda o caso:

O Parque da Lagoa, principal obra da gestão do prefeito Luciano Cartaxo (PSD), foi alvo de uma recente operação da Polícia Federal, que investiga possíveis irregularidades nos procedimentos licitatórios e na execução de obras. O dano total ao erário foi de R$ 6.402.603,83, segundo os laudos periciais da PF.

Uma das empresas que reivindica a autoria da obra do Parque da Lagoa, a JGA Engenharia, responde a processos na Justiça Federal da Paraíba. Um deles foi impetrado pelo INSS, outro pela Fazenda Nacional e mais um pelo Ibama, sendo este último referente a multas aplicadas em descumprimento à legislação ambiental.

A JGA anuncia em seus canais de comunicação a obra do Parque da Lagoa como um dos seus principais empreendimentos. A empresa funciona em João Pessoa, em Tambauzinho, mas sua sede está localizada no município de Sapé, segundo informações que constam no site oficial da empreiteira.

Operação Irerês – A Polícia Federal desencadeou na manhã de hoje a Operação Irerês, referente a investigação de possíveis irregularidades nos procedimentos licitatórios e na execução de obras na lagoa do Parque Solon de Lucena, objeto do contrato de repasse nº 782223/2012/MCidades/CAIXA, celebrado entre a União e o município de João Pessoa/PB.

Laudos periciais produzidos pela Polícia Federal constataram um dano total ao erário no valor de R$ 6.402.603,83. Foram cumpridos dois mandados judiciais de busca e apreensão, expedidos pela 16ª Vara da Justiça Federal em João Pessoa/PB, na sede de empresa contratada para executar a obra investigada e na residência do responsável por sua administração.

O Juízo da 16ª Vara Federal também tornou indisponíveis bens da empresa investigada e proibiu que a Prefeitura Municipal de João Pessoa/PB realize novos pagamentos referentes ao contrato.

O nome da operação é uma alusão ao Irerê, espécie de marreco que era abundante nas águas.

CGU já havia alertado – Em dezembro de 2015, a Controladoria Geral da União na Paraíba divulgou o relatório da inspeção realizada em 12 ações da Prefeitura de João Pessoa, todas envolvendo recursos federais. Em relação à obra do Parque da Lagoa foram identificados pagamentos em montante superior ao valor dos serviços efetivamente executados. Na época, a PMJP declarou que a Caixa Econômica Federal atestou a regularidade da obra.

Confira os clientes da COMPEC:

Prefeitura Municipal de João Pessoa (SEINFRA, SEPLAN, SEDURB, SERJER, SEMAHB)

Prefeitura Municipal de Campina Grande (SOSUR)

Governo do Estado da Paraíba (SUPLAN, SECTMA, CAGEPA)

Governo do Estado de Pernambuco (SRHE)

CB & LOG

Galvão Engenharia S/A

Odebrecht Engenharia e Construção

Queiroz Galvão Construção

Camargo Corrêa

Consórcio Terraplenagem Refinaria Abreu e Lima

Consórcio CQG / CNO / AG / CBM

Mineração Rolin Braga

Construtora Rocha

Consórcio Via Engenharia-Torc

CONTERMICA

Andrade Gutierrez

AHP Construções

JGR Construções

Consorcio CNCC

Ipojuca Interligações

Consorcio TECHINT/CONFAB/USIMINAS

Consorcio FIDENS-MELPLAN

DNIT

ALPHAVILLE Empreendimentos Imobiliários

HOCHTIEF do Brasil S.A.

CBVP – Companhia Brasileira de Vidros Planos

Exército Brasileiro (4 BEC)

HOCHTIEF do Brasil

Novo Parque da Lagoa

O novo Parque Solon de Lucena, rebatizado de Parque da Lagoa, no Centro de João Pessoa, passou por reforma durante quase dois anos e foi reinaugurado no dia 12 de junho de 2016. Segundo a Secretaria de Comunicação de João Pessoa, o projeto teve um investimento total de R$ 37 milhões. Durante a execução da obra, a Câmara de Vereadores de João Pessoa chegou a dar início a uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), mas foi arquivada por determinação judicial. À época a denúncia da oposição teve como base o relatório da Controladoria Geral da União (CGU) que, durante inspeção, apontou suposto superfaturamento de quase R$ 10 milhões nas obras.

Redação

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