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Desalojados de condomínios na capital reivindicam assistência da PMJP

Cerca de 60 pessoas das 250 famílias que foram despejadas de dois condomínios residenciais no Bairro das Indústrias, em decorrência da reintegração de posse realizada pela Polícia Federal, não estão tendo nenhuma assistência por parte da Prefeitura Municipal de João Pessoa.

 

Idosos, mulheres, crianças e três bebês de colo, sendo um deles recém-nascido, passaram a noite em condições precárias e expostas ao vento e a chuva em uma quadra coberta na Praça da Juventude, no Bairro das Indústrias. Os moradores que residem próximo ao local, representantes de igrejas e de uma padaria se solidarizaram com a situação e resolveram ajudar.

 

As famílias alegam que invadiram o condomínio Vista do Verde há um ano por não terem condições de pagar aluguel e não por estarem acomodados com a situação. O morador Ricardo de Oliveira relata que conversou com um representante da Prefeitura de João Pessoa e ele alegou que esse problema não é responsabilidade do órgão. “Então eu perguntei se era um pernambucano ou paulista que estava invadindo. Somos pessoenses que apenas querem um local para morar com dignidade”, afirmou.

 

A operação começou às 4h30 da manhã da última quinta-feira (12) e a principal preocupação das famílias despejadas são as chuvas intensas nos últimos dias. Severino Rufin, de 69 anos, menciona que havia em média 40 idosos no condomínio e reclama da forma como aconteceu a desocupação. “Estou aqui desde agosto do ano passado. Não estou passando isso porque quero, só não tenho um lugar para morar”.

 

Marinalva da Conceição disse que ainda está aterrorizada com o ocorrido. “Eu passei a noite sonhando com a Polícia Federal, helicóptero sobrevoando, a fumaça das bombas e balas de borracha”, relembrou. A diarista Ana Lúcia deixou de ir para seu emprego em Tambaú porque precisa estar no local, caso tenha alguma mudança. “Não podemos dormir na escola onde estão os nossos objetos, mas a guarda municipal está lá. Até o momento, a Prefeitura de João Pessoa não se pronunciou nem mandou uma assistente social para ver a nossa situação. É uma falta de humanidade isso que estamos passando”, enfatizou.

 

Roseane Maria, mãe de cinco filhos, relatou que dividiu um colchão para quatro filhos na última noite e não deu tempo de pegar quase nada. “O meu mais novo, mal conseguiu dormir porque tem muita muriçoca aqui. No dia da invasão ele se assustou muito com o barulho das bombas”, falou.

 

Redação

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