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Rede de saúde da Paraíba possui 19 mamógrafos em funcionamento

 A Paraíba tem muito o que comemorar no Dia Nacional da Mamografia, que
será lembrado no dia 5 de fevereiro. O Estado tem 19 mamógrafos que
realizam mamografias pelo SUS, todos em pleno funcionamento. Desse total
de aparelhos, seis são públicos, dois são filantrópicos, dez são
privados/conveniados e um opera no sistema de consórcio. Esses
equipamentos realizam a mamografia de rastreamento na população de 50
a 69 anos de idade.

 

O Estado tem hoje uma cobertura de 94% do Programa de Saúde da Família
(PSF), onde é realizado o exame clínico das mamas. Caso seja
detectado algum nódulo, a paciente é encaminhada à mastologista, que
solicita a mamografia. O exame, que deve ser realizado por toda mulher
acima de 40 anos de idade, é o método mais recomendado para o
diagnóstico precoce do câncer de mama.

 

O Colégio Brasileiro de Radiologia recomenda que, a partir dessa idade,
a mamografia seja feita uma vez por ano. Dependendo dos fatores de risco
(por exemplo, se a mulher fuma ou se a família tem antecedentes de
câncer no seio), o médico pode recomendar uma programação diferente.
É um exame de alta sensibilidade que pode mostrar o câncer muito antes
de ser palpável e não pode ser substituído pela ultrassonografia de
mama ou pela ressonância magnética de mama.

 

Para a mastologista Joana Marisa, a mamografia é o exame mais preciso
para rastreamento e diagnóstico do câncer de mama em 95% dos casos.
Segundo ela – que participou ativamente das ações do “Outubro
Rosa”, um mega evento realizado pelo Governo do Estado, em parceria
com a sociedade civil organizada –, muitas vezes, quando a mulher
descobre um caroço na mama, pensa logo que é câncer. “Mas isso não
é verdade, pois a maioria dos nódulos que aparece nos seios é
benigna”, completou.

 

Joana disse ainda que não existe exame para evitar a doença
(prevenção primária), e sim o que detecta precocemente (prevenção
secundária), para que o tratamento seja iniciado rapidamente e a pessoa
obtenha a cura. Ela explicou também que, mesmo a doença sendo
detectada na fase inicial, a recomendação é que seja feita a
mastectomia (a retirada da mama).

 

**Alertas –**Para alertar sobre as formas de diagnóstico e
prevenção ao câncer de mama, o Governo do Estado, por meio da
Secretaria de Estado da Saúde (SES), tem feito parcerias com várias
entidades e associações. Segundo Fátima Moraes, chefe do Núcleo
Especializado de Apoio ao Diagnóstico do Câncer, da SES, são
realizadas ações como a divulgação da importância do auto-exame e a
disponibilização dos exames e tratamentos, quando necessário, para as
usuárias dos serviços de saúde.

Para a secretária executiva da SES, Cláudia Veras, é importante a
mobilização em função do combate ao câncer de mama. “Considerando a
magnitude do perfil de morbidade e mortalidade da população feminina
no Brasil e no mundo, a parceria com a sociedade civil organizada,
profissionais de saúde e, essencialmente, a população, são
fundamentais para que a mobilização tenha êxito. Sabemos que a
atenção oncológica é importante e precisa ser expandida para o
interior do Estado. Estamos trabalhando nessa perspectiva”, afirmou.

**Sistemas cadastrados** – Na Paraíba, existe um total de quatro
serviços credenciados para o atendimento às neoplasias: o Centro de
Alta Complexidade, a Fundação de Assistência da Paraíba (FAP), em
Campina Grande, e o Hospital Napoleão Laureano, em João Pessoa.

 

Como referencia para tratamento das leucemias, há o Hospital São
Vicente de Paula, em João Pessoa, e o Hospital Universitário Alcides
Carneiro, em Campina Grande.

 

Os tipos de tumores que causaram o maior número de óbitos nos últimos
anos foram os estomago, fígado, pulmão, mama, útero e próstata.

 

**Homens e mulheres –**A mortalidade relacionada ao câncer
representou 13,7% de todos os óbitos registrados no país, ficando
atrás apenas das doenças do aparelho circulatório. O número de
mortes por câncer no Brasil aumentou 24,7% entre homens e 18,6% entre
mulheres, entre 1979 e 2004. É o que revela o estudo “Situação do
Câncer no Brasil”, do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Nesse
período, as mortes de mulheres por câncer saltaram de 63,23 casos a
cada 100 mil pessoas para 74,99. Entre homens, o mesmo índice subiu de
85,58 para 106,74.

 

Os números representam a somatória de todos os tipos de câncer, mas
dois deles apresentaram um crescimento de quase cem por cento. Entre os
homens, o número de mortes por câncer de próstata aumentou 95,48%;
entre mulheres, o aumento do câncer de pulmão foi o maior, atingindo
96,95%. Contando homens e mulheres, o aumento do câncer de pulmão foi
de 35,03%.

 

Na Paraíba o perfil de mortalidade por câncer também assume a
tendência nacional e aparece como a segunda causa de morte no Estado,
ficando atrás apenas das doenças do aparelho circulatório. A
mortalidade por câncer na Paraíba apresentou um aumento de 37 % em
2010, tendo como base o ano 2001 – ou seja, em 2001 foram 1.162
óbitos; em 2010, 3.135. Em dez anos (2001 a 2010), o total de
paraibanos que faleceram vitimados pelo câncer é de 22.776, sendo
11.672 homens e 11.104 mulheres.

 

Secom-PB

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