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Ginecologista paraibano se diz favorável à discriminação do aborto

A discussão de descriminalizar o aborto acarreta em fazer com que as mulheres que o cometem ou as pessoas que o fazem, não sejam criminalizadas por isso. Na opinião da coordenadora geral da Organização Não Governamental (ONG) Centro da Mulher 8 de Março, Irene Marinheiro, a descriminalização é necessária porque as mulheres que abortam são as verdadeiras vítimas da situação.

 

“Nós defendemos o direito das mulheres de abortar, que fazem isso porque, dentro das necessidades delas, que só elas é quem sabem, é necessário. E elas fazem da pior forma possível, colocando em risco a sua própria vida”, disse. Para ela, isso diminuiria o número de mulheres que morrem, porque muitas deixam de procurar ajuda por medo de serem denunciadas e acabam morrendo por não terem o atendimento necessário.

 

O ginecologista e obstetra Eduardo Borges afirma ser a favor da descriminalização. “Uma mulher que por algum motivo comete um aborto, ela não está cometendo um aborto porque quer. Você há de convir que a mulher quando engravida muda muito, a mudança hormonal dela e psicológica gera um envolvimento desde o início, então uma mulher que por desespero, por medo ou por insegurança comete um aborto, ela está fazendo um ato que ela mesma não queria fazer, no fundo”, disse.

 

Segundo ele, condenar uma mulher por cometer um aborto é culpá-la duas vezes. “Ninguém escolhe ‘eu vou fazer um aborto’, ninguém escolhe ‘eu vou engravidar e depois vou cometer um aborto’. Eu acho que você criminalizar, prender aquela mulher que fez um aborto, você a está condenando duas vezes. Primeiro ela foi punida por ela mesma, talvez pelo desespero, por algum motivo, e aí ela vai ser punida de novo por isso? Porque se nós perguntarmos a todas as mulheres que passaram por isso internamente elas são contra o aborto”.

 

Redação

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