Há menos de um mês para a chegada do verão, cresce o número de pessoas interessadas em aderir à praticas de atividades físicas, principalmente musculação, motivadas pelos exageros causados pelos festejos de Natal e Ano Novo. De olho no verão, muitas pessoas procuram fazer atividades físicas em busca de entrar em forma para a estação mais quente do ano. A quantidade de pessoas que procuram por uma academia entre o fim e o início do ano pode chegar a até 30% em comparação aos outros meses no ano.
Segundo Gabriela Souto, gerente de uma academia, em João Pessoa, a procura começa bem antes, ainda no mês de outubro, mas cerca de 40% das matrículas aumentam nos meses de dezembro e janeiro, quando a chegada do verão e a proximidade do Carnaval motivam os alunos a se matricularem.
Segundo o personal treiner Giusepe Moura, as pessoas estão mais conscientes da importância da prática de atividade física para o corpo e para a saúde, devido aos seus inúmeros benefícios, entre eles a regulação da pressão arterial e do sono, controle da diabetes, combate à obesidade, além de tratar problemas articulares, como escoliose e hérnia de disco.
Segundo o educador físico, a prática de atividades deve ser feita regularmente pensando no envelhecimento, não apenas como uso estético, pois com o passar dos anos, perdemos força muscular e alguns músculos podem atrofiar, ocasionando dificuldades para andar, recorrente em muitos idosos.
Para ele, é fundamental que essa prática seja feita o quanto antes para evitar problemas futuros. “Se fizermos um teste rápido com um adulto que não pratica nenhum tipo de atividade física, dificilmente ele irá conseguir levantar da posição deitada utilizando apenas a força do abdômen, ele vai precisar mudar a posição para utilizar os braços ou utilizar as pernas para fazer um balanço com o corpo, isso é um sinal de que ele precisa se exercitar”, disse.
As dores pós-treino, conhecidas como Dor Muscular de Início Tardio (DMIT), estão entre as principais queixas de pessoas que iniciam um programa de atividade física, e muitas vezes acabam sendo um incentivo para não dar continuidade a prática dessas atividades.
“Entretanto, esse é um fator fácil de ser resolvido e qualquer profissional bem capacitado vai conseguir controlar isso tranquilamente”, disse o personal.
Fiscalização
De acordo com a Gerência da Vigilância Sanitária, o setor realizou inspeção em academias de João Pessoa, das quais 44,8% se encontram em situação regular e as demais foram devidamente notificadas para sanar os problemas constatados durante a fiscalização.
Entre as principais irregularidades encontradas estão a falta de registro para funcionar, ausência de profissionais de educação física e irregularidade na atuação de estagiários. Em novembro, a Vigilância Sanitária examinou 29 academias da capital, 13 delas estavam de acordo com as exigências do órgão. As irregularidades encontradas durante a fiscalização envolveram a falta de desfibrilador cardíaco para casos de arritmia cardíaca durante o treino, como previsto na Lei Municipal nº 12.796/2014, que dispõe sobre a obrigatoriedade do equipamento em associações esportivas, clubes, academias de ginástica e recreação.
Em outubro, o Conselho Regional de Educação Física da 10º Região (Cref 10), órgão responsável por assegurar a legalidade da intervenção profissional em Educação Física, fiscalizou as academias de ginástica presentes em condomínios residenciais do Estado, com o objetivo de garantir a segurança do usuário.
Redação
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