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Carne clandestina: um perigo real para o consumidor da PB

Saber a procedência dos produtos que são consumidos evita danos à saúde. A carne merece atenção especial. É importante observar se o produto foi inspecionado e se traz a garantia de qualidade. Segundo levantamento do Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB), realizados em 2017 e 2018, e ainda por pesquisas acadêmicas da Universidade Federal de Campina Grande e Instituto Federal de Educação da Paraíba (IFPB), uma grande parte das carnes vendidas nas feiras livres, mercados públicos e até supermercados da Paraíba vêm de abatedouros que funcionam sem condições higiênicas.

 

Além de intoxicações alimentares, ingerir o alimento não fiscalizado pode ser a porta de entrada para doenças transmitidas dos animais aos homens, as chamadas zoonoses. Segundo esses dados, praticamente todos os abatedouros existentes na Paraíba não possuem condições sanitárias adequadas de realização da atividade e armazenamento das carnes.

 

Segundo o coordenador do Núcleo de Justiça Animal da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Francisco Garcia, na Paraíba existem muito poucos abatedouros oficiais. “Uma das pesquisas, feita em 2015, atesta que 66 abatedouros visitados são oficiais. Para isso, eles precisam estar inscritos no Sistema de Inspeção Municipal (SIM). Só que, no momento da abordagem, o responsável não apresentou o registro e nenhum município tem o SIM porque há necessidade de o prefeito fazer um Projeto de Lei, esse projeto ser aprovado pela Câmara Municipal e e essa lei regulamentar o funcionamento desses locais”, disse.

 

Os dados apontam também que há ocorrência de trabalho análogo ao escravo e infantil na maioria dos estabelecimentos. As condições precárias dos abatedouros existentes na Paraíba, incluindo estabelecimentos municipais, foi apresentada ao Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Federal e Estadual. Os relatórios técnicos do CRMV-PB revelam que os trabalhadores da maior parte dos abatedouros não possuem câmaras frigoríficas para refrigeração das carnes após o abate e ainda que os estabelecimentos não possuem sequer o registro no Sistema de Inspeção Municipal (SIM), o que coloca em risco a qualidade dos produtos comercializados e o desconhecimento das condições de saúde dos animais abatidos.

 

 

 

Redação

 


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